terça-feira, 11 de agosto de 2009

Desigualdade salarial é elevada no Piauí

A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revela que nos últimos dez anos foram registrados alguns avanços no Piauí, mas que as desigualdades no Estado ainda são grandes. Aumentou de 42% para 49% o contingente de piauienses que vivem com até um salário mínimo e cresceu de 0,26% para 0,4% o de trabalhadores que ganham acima de 20 salários mínimos, entre 1993 e 2003, o período pesquisado pelo IBGE.

"Temos uma grande concentração de rendas", comentou Pedro Soares, chefe do Departamento de Divulgação do IBGE, no Piauí. "Houve um crescimento, embora pequeno, do número de pessoas da faixa salarial mais alta", acrescentou o técnico. Ele informou ainda que houve uma redução na quantidade de pessoas "sem rendimento", ou seja, que trabalham ajudando alguém da família e não tem salário. Eles eram 33% em 1993 e diminuíram para 27,4%.

O PNAD de 2003 acusou a existência de 205.500 pessoas em busca de trabalho. Esse pessoal representa 13 por cento da população economicamente ativa, ou seja, em idade de trabalhar. Deste total, cerca de 122.719 (60%) estão trabalhando e apenas querem mudar de vida, em busca de melhorias. 73% têm idade entre 18 e 39 anos. As mulheres estão em minoria entre aqueles que buscam mudar de emprego.

A pesquisa revelou ainda que houve uma redução no índice de trabalho infantil. A taxa de crianças e adolescentes trabalhando em 2003 era de 15,68% contra 23,57%. Existem 8.655 crianças de cinco a nove anos sendo exploradas no trabalho. ?É um número considerado pequeno, mas existe e é grave?, comentou Pedro Soares. Os meninos são mais explorados e a maioria trabalha na agricultura.


Fonte: DP

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