Falta de representação dificulta viabilidade de programa Federal para Luzilândia



Lagoa do cajueiro, exemplo das potencialidades do município



O Governo Federal lançou, em 2003, o Programa Territórios da Cidadania que tem como objetivos promover o desenvolvimento econômico e universalizar programas básicos de cidadania por meio de uma estratégia de desenvolvimento territorial sustentável. Porém, com quase dois anos de existência, Luzilândia, que faz parte do Território dos Cocais, ainda não foi beneficiada com nenhum projeto devido falta de articulação dos atores sociais e poder público.

O Programa Territórios da Cidadania promove o desenvolvimento econômico e universaliza programas básicos de cidadania por meio da integração de ações de Governo Federal, Estaduais e Municipais, com participação da sociedade civil. Para isso cria-se em cada Território um Conselho formado por representantes de ONGs, sindicatos, prefeitos, igrejas e demais instituições que se preocupam com o desenvolvimento de seu município. O Conselho fica responsável pelo destino dos recursos dos projetos de infraestrutura e o andamento das atividades.

O Engenheiro Agrônomo Sérgio Augusto Nunes Monteiro é o assessor territorial do Território dos Cocais e acompanha o desenvolvimento do programa e assessora o colegiado. Segundo ele, Luzilândia não foi favorecida porque os conselheiros territoriais e nem os representantes do poder público não compareceram no dia da plenária (em março de 2010, em Pedro II). Nas várias reuniões que já aconteceram, os conselheiros de Luzilândia participaram poucas vezes, o que torna difícil identificar as potencialidades do município. No mesmo caso se encontra os municípios de Madeiro e Joca Marques, cidades vizinhas.

A região dos cocais é conhecida por belezas naturais e pela diversificação da economia, destacando-se no extrativismo de babaçu e de carnaúba, mas mesmo detentor de muitas potencialidades, precisa vencer sérias limitações para o seu melhor aproveitamento, seja com relação a infra-estrutura de apoio à produção, de organização e fortalecimento dos produtores ou na qualificação dos recursos humanos. Será que Luzilândia não possui potencialidades? Será que o município não possui iniciativas produtivas que podem ser potencializadas? Ou falta interesse no desenvolvimento do município e sobra acomodação?

Para Sergio Nunes o que falta é a participação do poder público bem como dos conselheiros do território. O engenheiro afirma, ainda, que o envolvimento dos gestores, no caso a prefeita, vereadores e representantes políticos são de grande importância. Em relação ao Conselho, caso os conselheiros não queiram mais participar das atividades seria necessário uma troca destas representações, pessoas que pudessem está verdadeiramente comprometidas na busca de benefícios para o Município.

  1° Encontro de Mobilização do Território dos Cocais

Em 2007, Os dois maiores representantes políticos de Luzilândia, a prefeita Janainna e o deputado Ismar Marques participaram do 1° Encontro de Mobilização do Território dos Cocais que aconteceu em Esperantina. Na época, os dois destacaram a importância da junção de esforços dos municípios para o desenvolvimento dos diferentes projetos e ações que fortalecerão a região. Mas, o Programa que visa o desenvolvimento do município e por isso deveria ser de interesse dos mesmos como representantes da população, não está recebendo as devidas atenções.

O Território da Cidadania Cocais - PI abrange uma área de 17.780,40 Km² e é composto por 22 municípios: Pedro II, Piracuruca, Piripiri, Porto, Barras, Campo Largo do Piauí, Domingos Mourão, Esperantina, Batalha, Brasileira, Joca Marques, Lagoa de São Francisco, Luzilândia, Matias Olímpio, Morro do Chapéu do Piauí, Joaquim Pires, Madeiro, Milton Brandão, Nossa Senhora dos Remédios, São João da Fronteira, São João do Arraial e São José do Divino.

Foto 1 Albert Nane. 
Foto 2 Paula Andréas

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Autoridades política luzilandense participam do 1° Encontro de Mobilização do Território dos Cocais