quarta-feira, 14 de julho de 2010

Anvisa alerta para o perigo dos agrotóxicos na mesa dos Piauienses

Frutas, verduras e legumes fazem parte de um cardápio saudável, correto? Nem sempre. E acordo com dados apontados pelo Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos (PARA), divulgados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), através da diretoria Estadual de Vigilância Sanitária, é alarmante o alto nível de agrotóxico encontrado em alguns dos alimentos mais consumidos no Piauí.

Os índices superam a média nacional e chamam a atenção não só para o consumidor piauiense, mas principalmente para os produtores e donos de supermercados. O levantamento detectou que quinze, dos vinte itens analisados, possuem índices de agrotóxicos acima do permitido, o que pode afetar a longo prazo a saúde da população.

Desde os produtos preferidos na salada (alface e tomate) às frutas mais populares, como manga, apresentaram índices considerados insatisfatórios. Até mesmo o tradicional feijão com arroz está colocando no cardápio dos piauienses alto nível de produtos químicos. E o que é pior: até mesmo um agrotóxico que já foi proibido pela ANVISA por ser considerado altamente nocivo à saúde foi detectado nos alimentos produzidos no Estado.

O exemplo mais grave é do abacaxi. 85% das amostras analisadas pelo PARA foram insatisfatórias. Ao contrário do que muitos pensam , que produtos com agrotóxicos só são encontrados em produção de larga escala, o levantamento mostrou, ainda, que 84% da produção considerada insatisfatória são originadas da agricultura familiar.
Se para os consumidores as conseqüências do consumo podem ser observadas ao longo prazo, nos produtores, que mantém contato direto com esse tipo de produtos, problemas como alterações genéticas podem ocasionar uma série de doenças, inclusive o câncer em pouco tempo.

A Diretora da Vigilância Sanitária Estadual, Tatiana Chaves, destaca que esses dados deixam em alerta o Estado do Piauí, sobretudo os produtores. Segundo a diretora, as ações de controle devem acontecer na ponta, ou seja, direcionada aos próprios agricultores. "Os consumidores não têm como identificar se um produto está insatisfatório ou não. Por tanto, quem produz é que deve ser consciente dos malefícios causados pelo excesso dos agrotóxicos, tanto para a população, quanto para eles", diz.

Carolina Durães Caderno Theresina MN

Foto: WEb

Edição Paula Andréas

0 comentários:

  © NE.WEBLOG Autorizado by Luzionline.com 2009-2010

Back to TOP