terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Futebol: o Galo é do povo

Um comentarista esportivo piauiense costuma utilizar a frase: “Meus Amigos, futebol é coisa séria”!. Pois bem! Para escrever estas mal traçadas linhas este humilde escriba se inspirou na expressão acima citada que, justamente, vem ao encontro do tema principal do artigo que segue.

Um assunto que preencheu as lacunas dos meios de comunicação na semana passada, foi à ausência do River Atlético Clube no campeonato estadual piauiense de 2010. A façanha é encabeçada pelo atual presidente do clube, deputado Elizeu Aguiar (PTB), que segundo ele, a iniciativa tem o respaldo dos demais diretores.

Ora, todos sabem que o soerguimento do futebol piauiense é coisa difícil de acontecer. Pelo menos, enquanto boa parte de seus dirigentes tiver o mesmo pensamento do presidente do River. Ele justifica a retirada do time com a intenção de reestruturá-lo. Infelizmente, o presidente riverino desconhece que o ostracismo é um fator que causa esquecimento. E os torcedores corroboram com isso? Veja os exemplos de Tiradentes e Auto Esporte.

É preciso saber que antes de plantar belas árvores frutíferas é preciso limpar o solo, e adubá-lo. Elizeu deve até ter boas intenções, no entanto, seria um grande presidente do River se soubesse comportar-se como um jardineiro. Perguntamos: será que ele vá fazer uma revolução mesmo no Galo?


É bom não misturar política partidária com futebol. O River assim como os outros clubes aceitou todos os termos discutidos no Arbitral de dezembro, que tratou dos moldes do Estadual. Mas, um mês depois, mudou de opinião. Em ano de eleição na Federação, o River, com a desistência, não terá direito a voto. Então como ele pretende organizar o futebol do Piauí estando de fora das decisões?


Em 2009, a CBF implantou a Serie 'D'. A competição foi disputada por 40 clubes, oriundos dos campeonatos estaduais, de acordo com os critérios técnicos de classificação. Em breve a CBF precisará criar a série E, pois o River do jeito que vai talvez nem consiga manter-se na série D.

De certo é que o torcedor ficará triste com a concepção pobre de certas pessoas. Querer tirar proveito de uma torcida que sempre lutou independentemente de política e religião. O Galo é do povo e não de políticos. Existem três coisas que não se misturam: futebol, política partidária e religião. O River precisa de todos e não de um grupo político, seja ele quem for.

Por Jânio Holanda - Jornalista

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